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Livro Arbítrio

mostra e lançamento de  livros-objetos

 

 

Lucia Loeb .  Manolo Pacheco . Marcela Oliver .  Roberto Fabra .Solange Sandoval . Sueli Vital e Silva . Taíssa Montiel

 

Livro Arbítrio é a exposição que reúne o resultado de 3 anos de pesquisa de um grupo de 7 artistas, que orientados por Edith Derdyk, vem desenvolvendo um trabalho sobre livro-objeto, um suporte poético que recebe cada vez mais atenção no mundo das artes.

    

Partindo do pressuposto comum, o livro compreendido como conjugação das relações  de espaço e tempo, cada artista foi buscar novas estruturas de leitura, novas formatações, materiais e ressignificações do livro como objeto  para apresentarem idéias, releituras e  proposições narrativas.

 

Além da mostra dos livros-objetos e fotografias, na abertura serão lançados alguns dos livros-objetos realizados com tiragens que variam de 5 a 30 exemplares.

 

 

Taissa Montiel convoca, em seus livros-objetos, uma temporalidade guardada, ou agora liberada, de memórias da passagem do tempo incrustrada na matéria. Seja através dos registros dos chãos que nos fazem lembrar uma arqueologia urbana; seja pela presença das chapas de ferro indiciando a presença temporal através das marcas de oxidação, todos seus livros-objetos incorporam uma narrativa tátil, física, indicial. As imagens extraídas do chão, faz com que o olhar frontalize a experiência do pé, revelando, num primeiríssimo plano, as incrustrações industriais fossilizadas que imantam o chão urbano cimentado transformando-o em  terreno arqueológico. São todos livros sem frente nem costas, sem começo ou fim, sempre no meio. A solução estrutural e estruturante de como conectar as páginas entre si, evidenciando a mecânica do livro -  seja pelo parafuso, cadeado ou dobradiça -, emana significados igualmente simbólicos: de algo que fura, amarra, contém em algo que é guardado, escondido, segredado, segregado, tornando viva a conversa entre a presença do objeto que costura tudo com a coisa tornada imagem.

 

Fica evidente que em seus livros-objetos, justamente a maneira de engatar as páginas são o mote, o assunto, provocando narrativas circulares que acordam memórias táteis, sejam dos pés, sejam das mãos. E para além ou aquém da matéria, uma memória afetiva: o que prende, o que  une, o que  junta, o que fica,o que guarda, o  que separa.

 

Edith Derdyk,  9 de novembro de 2008.

 

Livro Arbítrio

arte_corredor   b_arco

Rua Dr Virgilio de Carvalho Pinto, 426 – São Paulo

período  12/11/08 a 31/1/09

 

site  www.flickr.com/photos/livroarbitrio

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